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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Uma ode ao falecimento

Aos mortos eu dedico meu sangue amargo e doente
peço que se juntem a mim em uma dança astral
aos vivos desejo a morte pois um dia apodrecerão
carne, ossos e cabelos abaixo da terra, madeira e descanso
aos mortos que agora aqui estão peço que não saiam
me levem pelos braços pelo caminho escada abaixo, calor
aos vivos desejo que fiquem ricos, mas morram pobres
pois assim morrerão em paz assim poderão ser dignos
aos mortos eu dedico meu sangue vermelho e pulsante
com os mortos dançaremos essa noite somos restos
de humanos, somos carne de boi, somos caça dos anjos
somos tripas e coração somos humildes e arrogantes
aos mortos eu dedico sua vida e a minha que levem
escada abaixo, calor.

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